quinta-feira, 2 de maio de 2013

Trigger points x Fisioterapia


A primeira vez que eu ouvi falar dos trigger points, ainda na faculdade, achei uma coisa surreal. Ainda não acreditando na capacidade que o corpo humano de tem de acumular tensão, fui estudar pra entender como eles se formavam. 
Nosso organismo é formado por mais ou menos 60% de massa muscular. Junto com os ligamentos são responsáveis por manter estruturas ósseas em funcionamento harmônico. Eles são responsáveis por praticamente todos os movimentos do corpo e por serem exigidos o tempo todo, encontram-se sujeitos a desgastes, fadigas e lesões.

Executam movimentos voluntários e involuntários. Alguns músculos do corpo, encontram-se em constante contração (mínima contração, na realidade) para que possam responder de imediato quando solicitados, como é o caso de alguns músculos da mastigação. Quando nos movemos também estamos realizando uma contração voluntária. Quando o músculo contrae-se involuntariamente  é porque  ele entrou em estado de espasmo.

Uma outra condição de contração involuntária são os pontos de gatilho, conhecidos na língua inglesa como : "trigger points" , que são nódulos contraidos,em bandas musculares tensas,  de 2 a 5mm de diâmetro, que podem ser encontrados nos músculos e fáscias. Eles comumente aparecem em indivíduos que possuem dor miofascial.


Os pontos de gatilho podem estar latentes ou ativos. Quando estão latentes, não provocam dor espontânea, apenas quando manipulados. Quando ativos, provocam um padrão de dor referida quando fazemos uma digitopressão, ou seja, quando pressionamos o ponto gatilho com o dedo, o indivíduo sente dor em outro local (dor referida). Já foram mapeadas as zonas de dor referida dos pontos de gatilho.

Quando presente na musculatura cervical, promovem quadros de dor semelhantes às dores de cabeça ou até mesmo simular dor na articulação temporomandibular.
Ë importante estar atento a este padrão de dor para não confundir com dor neuropática. Se estiver em uma área onde esteja comprimindo um plexo nervoso, como o plexo braquial, pode provocar dor nas costas, ombros, braços e mãos.
"O padrão de dor referida é que o distingue de outras dores musculares".
Existe uma condição dolorosa que assemelha-se a ele que são os pontos sensíveis.
Qual a diferença?
A diferença é que os pontos sensíveis não provocam dor referida. Pelo contrário. Quando executa-se a digitopressão em um ponto sensível, o indivíduo responde com um sinal típico de pulo e afastamento da pressão conhecido na língua inglesa como  "jump sign".

Como tratar?

Uma pergunta frequente que me fazem é: já que ocorre uma contração muscular intensa, então porque os medicamentos relaxantes musculares não resolvem o problema? Uma boa resposta é que a medicação deveria  ser forte o suficiente para parar todas as contraçoes involuntárias dos músculos. Consequentemente o coraçao não suportaria. Então executa-se pressão digital no trigger point (em média 4kg) para descomprimir a musculatura e interromper o ciclo de dor.
Outras formas de tratá-lo incluem: ultrasom, eletroestimulação, spray e infiltração anestésica.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Como evitar lesões pedalando: Ciclismo e Spinning


Pedalar tem sido uma das atividades mais procuradas, tanto por pessoas que desejam iniciar uma atividade física como por aquelas que já praticam esportes ou freqüentam academias.
Pedalar regularmente, além de queimar muitas calorias (em média 800 kcal em 1 hora) e ajudar no emagrecimento, fortalece os músculos, melhora o condicionamento cardiorrespiratório e também aumenta a resistência e a força muscular.
Mas, como qualquer atividade física, para conseguir bons resultados ou mesmo para deixar o sedentarismo de lado, você deve praticar o exercício corretamente, evitando lesões.
As partes do corpo mais propensas a lesões para quem pedala, desde ciclistas de rua até alunos de spinning são:
  • joelhos;
  • pescoço;
  • coluna;
  • mãos;
  • região pélvica;
  • virilha;
  • pés.
Para evitar as lesões, devemos tomar algumas precauções, tais como:
Alongar a musculatura antes e depois de pedalar, pois através do alongamento você prepara os músculos para o exercício, aumenta o seu desempenho físico, reduz a referência a músculos doloridos, reduz a tensão e também as lesões.
Faça os seguintes exercícios de alongamento:
  • Coloque um dos pés na bicicleta entre o guidão e o banco e estenda a perna, forçando as pontas dos dedos para trás, alongando a parte posterior da perna. Flexione levemente a outra perna que está apoiada no chão. Leve o tronco à frente, formando um ângulo de 90 graus com a perna que está estendida.
  • Segure na bicicleta com uma das mãos. Pegue o outro pé com a mão que está livre e puxe-o de encontro às nádegas. Projete o quadril para frente e alongue a parte da frente da perna.
  • Segure na bicicleta, afaste as pernas no sentido antero-posterior (uma na frente da outra). Flexione a perna da frente e estenda a perna que está atrás, mantendo os calcanhares no chão.
  • Fique na posição de joelhos no chão. Apóie o joelho de trás numa toalha ou colchonete e o pé da perna da frente no chão. Mantenha o joelho da perna da frente na direção do calcanhar. Projete o quadril para frente, alongando a parte anterior da coxa.
  • Deite de costas e traga os dois joelhos para junto do peito. Segure as pernas contra o peito, alongando a lombar.
  • Deite estirado no chão, de barriga para cima, mantenha uma das pernas estendida e segure a outra perna pelo tornozelo cruzando por cima da perna que está estendida. Apóie o pé no chão.
  • Alongue o pescoço para um lado e depois para o outro.
  • Mantenha cada posição por 30 segundos
    Outro fator muito importante para evitar lesões é a regulagem da bicicleta e a sua postura para pedalar. Se a bicicleta estiver regulada de maneira incorreta, a sua postura se tornará incorreta e, se feito regularmente poderá causar lesões.
    Ajustando a bicicleta corretamente você distribui melhor o seu peso entre o assento, os pedais e o guidão de forma que o sistema esquelético possa suportar este peso e não sobrecarregar os músculos mais participativos no ato de pedalar.
    A maioria das bicicletas ergométricas permite ajuste de guidão e assento com variáveis de uma polegada usando o sistema de orifícios de encaixe com pino. Mas há bicicletas, principalmente as de spinning, que permitem também o ajuste na altura e frente/trás do assento e na altura frente/trás do guidão.
    A altura do assento está diretamente relacionada com o cumprimento dos membros inferiores do aluno. Fique em pé do lado da bicicleta. O assento deverá estar na altura do seu quadril.
    A altura do guidão deve permitir que você mantenha as costas retas, os braços relaxados (não tão perto do corpo, para não curvar as costas).
    Não se esqueça:
  • Mantenha a cabeça alinhada a coluna e o pescoço relaxado;
  • Relaxe também as mãos, os cotovelos e os ombros;
  • Ajuste o firma-pé;
  • Prenda os cadarços;
  • Evite o "pé de bailarina", deixe o pé na posição normal, paralelo ao chão, evitando problemas como fascite plantar e tendinites;
  • O joelho não deve passar a ponta dos dedos, durante o movimento;
  • Mantenha uma toalha por perto para enxugar o suor das mãos evitando que você escorregue do guidão;
  • Não movimente o quadril lateralmente, evitando problemas como bursite no trocanter do fêmur (articulação do quadril);
  • Não jogue o peso do corpo nos membros superiores, distribua o peso, mantendo a coluna reta e os membros superiores relaxados.
  • Concluindo:
  • Faça alongamentos;
  • Verifique a postura;
  • Pedale dentro do seu limite;
  • Use um vestuário correto;
  • quinta-feira, 14 de março de 2013

    Traumatismo Raquimedular: o que é esta lesão

    Cerca de 70% dos traumatismos ocorrem na região cervical, seguidos das regiões torácica (15%), tóraco-lombar (10%), lombar (4%) e sacra (1%). O lado mais triste das estatísticas se refere à faixa etária mais acometida por esse problema. A maior parte dos traumatismos acontece em indivíduos jovens entre 15 e 30 anos, sendo que os homens são de três a quatro vezes mais atingidos do que as mulheres.


    O que é esse trauma
    Por definição trauma ou traumatismo é toda e qualquer lesão de extensão, intensidade e gravidade variáveis, que pode ser produzida por agentes diversos (no nosso caso mais especificamente agentes físicos e não químicos), de forma intencional ou acidental. O trauma raquimedular é aquele que acomete a coluna vertebral e seu conteúdo: a medula espinhal e as raízes nervosas. O quadro pode variar desde uma simples cervicalgia (dor no pescoço) até um tetraplegia (paralisia dos quatro membros) e morte.

    Significado do termo raquimedular
    O termo raquimedular é uma fusão de duas palavras de origens distintas: raqui ou raque do grego ráchissignifica coluna vertebral e medula do latim medulla significa, literalmente, o que está contido no meio ou miolo. Deve-se ressaltar que a medula aqui citada é a medula espinhal ou medula nervosa. Esta não deve ser confundida com medula óssea, que ficou popularmente conhecida pelo transplante de medula realizado no tratamento de alguns tipos de leucemias.
    Não só os seres humanos, mas todos os vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) possuem coluna vertebral e medula espinhal. Na verdade a coluna vertebral é o eixo de sustentação desses seres vivos. Além disso, funciona como um arcabouço ósseo e serve de proteção para a medula espinhal. Comparativamente, a coluna vertebral está para a medula espinhal assim como o crânio está para o cérebro. A coluna vertebral dos seres humanos é composta por 32 vértebras - sete cervicais, 12 torácicas, cinco lombares, cinco sacras e três coccígeas .
    A coluna se inicia logo abaixo do crânio e se estende até e entre os ossos da pelve (bacia), portanto qualquer trauma que acometa essa região constitui um traumatismo raquimedular.

    Principais causas
    Os traumatismos decorrentes de acidentes com veículos motorizados (incluindo motocicletas) são a causa mais freqüente de TRM (50%). A seguir, em ordem decrescente de freqüência temos quedas (20%), lesões esportivas (15%), agressões (aproximadamente 12%) e outras (3%). Com a introdução de medidas mais efetivas na prevenção de acidentes no trânsito, fabricação de carros mais seguros e principalmente conscientização da população, a cada dia temos observado uma menor incidência desse tipo de causa, em todo o mundo.
    Nas lesões por queda, uma forma muito especial que deve ser enfatizada é o acidente por mergulho em águas rasas. Esse tipo de traumatismo é mais comum no verão e é um espécie grave de traumatismo porque atinge, geralmente, porções altas da coluna cervical. Nos Estados Unidos existe até uma campanha para combater esse tipo de acidente, chamada Feet first (literalmente "primeiro os pés!"). Realmente, se pessoas que se acidentaram tivessem mergulhado de pé, o mais grave que poderia ter ocorrido seria uma fratura nos pés ou nas pernas.

    Crianças e idosos
    Apesar de as vítimas mais freqüentes dos TRM estarem na faixa etária entre 15 e 30 anos, crianças e idosos possuem características bastante peculiares quando comparados com os adultos. A criança, por exemplo, possui uma cabeça mais pesada proporcionalmente em relação ao corpo (1/4 a 1/5), dependendo da idade quando comparada com os adultos (1/8). Além disso, a musculatura do pescoço ainda é pouco desenvolvida levando a um aumento fisiológico da mobilidade. Portanto, apesar de estar protegida, do ponto de vista estatístico, a coluna da criança é bastante frágil.
    Já os idosos, por outro lado, possuem uma coluna que os médicos chamam de artrodesada (com as vértebras fundidas umas às outras). Isso que dizer que existe uma coluna onde com o envelhecimento, foi ocorrendo fisiologicamente calcificação dos ligamentos que unem as vértebras, tornando a coluna mais rígida como um todo. No entanto, com o envelhecimento, as paredes arteriais também se calcificam e o fluxo sangüíneo que ocorre dentro delas não é o mesmo quando comparado com o que acontece com as pessoas jovens.


    Como é feito o diagnóstico
    Nos casos de trauma fechado, ou seja, onde não houve nenhum tipo de lesão penetrante e o paciente não possui nenhum déficit neurológico, o diagnóstico dificilmente é estabelecido. Esse é um dado bastante importante, pois todo o indivíduo politraumatizado é um candidato a ter TRM até que se prove o contrário.
    É muito importante saber nessa fase qual foi o mecanismo do trauma, isto é, como o indivíduo se machucou, como foi encontrado, se estava consciente, se era capaz de mobilizar os membros, se queixou de dor ou dormência, etc. Então, após uma história colhida de maneira correta, o exame neurológico detalhado deverá ser realizado.
    Após o exame clínico, exames complementares deverão ser realizados. A radiografia simples da coluna, apesar de como o próprio nome diz ser simples e barata constitui um dos exames mais fundamentais para pacientes com TRM.
    Outras alternativas são a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância nuclear magnética (RNM).

    Riscos do traumatismo
    Os riscos estão diretamente relacionados com o grau de extensão, intensidade e gravidade da lesão. Porém, nos TRM, existe um outro aspecto que é crucial em relação aos riscos. Quanto mais cranial (alta) for a lesão mais grave será o quadro neurológico, porque a medula espinhal é a continuação do nosso cérebro, e é dela que partem as raízes nervosas que vão dar motricidade e sensibilidade do nosso corpo (do pescoço para baixo).

    Formas de tratamento
    Diante de um trauma, o tratamento de indivíduos com TRM se inicia no local do acidente. A imobilização do pescoço e o transporte do paciente sobre pranchas rígidas devem ser sempre realizados. O agravamento da condição neurológica pode ocorrer se, no local do trauma, as medidas básicas de atendimento forem negligenciadas. Isso é chamado "segundo trauma". Na verdade, esta lesão foi decorrente da imperícia do tratamento, e poderia ter sido facilmente evitada.
    Algumas medicações (como por exemplo os corticóides) têm sido usadas na fase aguda para tentar diminuir a piora do quadro neurológico. Na verdade essa medicação agiria como um anti-inflamatório contendo a cascata de eventos que ocorrem após o trauma sobre a medula espinhal.
    O tratamento cirúrgico dos TRM é bastante específico, onde cada lesão necessita de um procedimento diferenciado. Atualmente apesar de todos os avanços da medicina, o tratamento cirúrgico se limita à tentativa de restauração da anatomia óssea da coluna vertebral, evitando a compressão do tecido nervoso. A medula espinhal deve estar livre de qualquer compressão que possa existir sobre ela. Materiais (placas, hastes, parafusos, etc) feitos a partir de ligas metálicas de última geração - por exemplo, titânio - são usados com o objetivo de promover estabilização do eixo de sustentação do corpo.

    Possíveis seqüelas
    A lesão que o TRM ocasiona sobre o tecido nervoso é, de forma geral, irreversível. O tecido neurológico não possui a capacidade de regeneração. Se uma célula nervosa morre, não irá surgir outra para substituí-la. Esse é o preço que o tecido nervoso pagou na evolução biológica das espécies por ser altamente especializado.
    As seqüelas estão diretamente relacionadas com o nível do traumatismo. Um paciente com lesão cervical grave pode ter como seqüela a tetraplegia. Se a lesão for mais alta, acima da quarta vértebra cervical, o paciente pode perder a capacidade de respirar espontaneamente. Lesões torácicas e lombares acarretam como seqüelas: paraplegia e distúrbio no controle esfincteriano dos aparelhos urinário e digestivo.

    Consultor: Dr. Igor de Castro, neurocirurgião, graduado pela Universidade Federal Fluminense, e fellowpor dois anos do Professor M. G. Yasargil, do Arkansas

    terça-feira, 12 de março de 2013

    Bexiga Hiperativa



    Bexiga hiperativa é uma alteração funcional da bexiga, caracterizada por alguns sintomas típicos como: polaciúria (urinar mais de 8 vezes por dia), urgência (quando a pessoa sente um desejo forte e imediato urinar, o que tem que ser feito imediatamente) e urge-incontinência (a pessoa sente urgência e caso não urine rapidamente, pode perder urina na roupa).


    Para ter bexiga hiperativa, o indivíduo pode apresentar um ou mais desses sintomas.

    O que ocorre com o organismo na bexiga hiperativa?

    Enquanto a bexiga enche, ela deve ficar relaxada, só contraindo na hora da micção, mas nas pessoas com bexiga hiperativa o músculo detrusor (que é o músculo da bexiga) faz contrações fora de hora, durante o enchimento. Essas contrações aumentam a pressão dentro da bexiga e isso leva a uma sensação de urgência. Dependendo do grau dessa pressão, pode ocorrer perda de urina.

    Outros sintomas comuns:

    Clinicamente, a bexiga hiperativa pode apresentar-se como:

    Além da polaciúria (urinar mais que 8 X/dia), urgência e urge-incontinência citados acima, a pessoa com bexiga hiperativa pode também ter noctúria, ou seja, acordar mais de 2 vezes à noite para urinar.

    Prevalência

    A bexiga hiperativa acomete 43% da população, dependendo da faixa etária, aumentando conforme a idade. Os sintomas mais encontrados são polaciúria (cerca de 80%) e urgência (cerca de 60%).

    Como Tratar?

    O tratamento pode ser medicamentoso, mas medidas comportamentais e técnicas terapêuticas específicas também trazem bons resultados.

    Medidas comportamentais:

    1) Controle da dieta: eliminar ou reduzir a ingestão de alimentos ou de bebidas que irritam a bexiga, como: chá, café e bebidas com cafeína em geral, álcool, cítricos (bebidas e frutas), tomate e produtos a base de tomate, alimentos muito condimentados ou ácidos e adoçantes artificiais.

    2) Manter a regularidade do funcionamento do intestino:
    o intestino preso pode aumentar a pressão sobre sua bexiga, gerando efeitos negativos na função urinária.

    3) Manter um peso corporal adequado: sobrepeso ou obesidade provocam aumento da pressão sobre a bexiga, o que contribui para adquirir problemas urinários.

    4) Parar de fumar: o fumo é irritante para a bexiga, além de provocar tosse, o que aumenta constantemente a pressão abdominal, favorecendo a problemas de controle urinário.

    5) Beber de 6 a 8 copos de líquidos que não causem irritação, para a urina não ficar muito concentrada e não irritar a bexiga.

    6) Treinar a bexiga: tentar controlar a urgência aumentando o intervalo entre as micções gradualmente.

    7) Fazer fisioterapia para reabilitação do assoalho pélvico, que com eletroestimulação pode diminuir essas contrações involuntárias da bexiga.

    8) Procure ajuda médica para saber o que é melhor para você.

    quinta-feira, 7 de março de 2013

    Fisioterapia e Osteoporose


    A osteoporose é uma doença silenciosa e pouco sintomática dos ossos. Afeta a estrutura dos ossos, tornando-se frágeis e diminuindo a sua capacidade de suportar o peso corporal. É uma doença que está atingindo uma parcela cada vez maior de pessoas. Estima-se que 8% da população brasileira (15,2 milhões) sofra de osteoporose, segundo o OMS*. Por isso, tornou-se um poblema de saúde pública. O osso, apesar de sua aparência rígida e resistente, é um tecido vivo que está em constante transformação, num processo em que o organismo absorve o osso antigo e produz um osso novo. Quando este processo estiver desregulado, os ossos começam a perder a sua densidade, surgindo então, poblemas ósseos, sendo a osteoporose o mais comum. A osteoporose torna o osso menos resistente a traumas, aumentando o risco de fraturas, principalmente nas vértebras, fêmur, costelas e osso do punho.
    A osteoporose por ser pouco sintomática, às vezes só é descoberta quando ocorre uma fratura.Porém, pode ser diagnósticada por meio da densiometria óssea, um exame que mede a densidade os ossos. Quando mais cêdo o paciente for avaliada, melhores serão as condições para o tratamento da doença.
    Os sintomas são:
    • Dores nas costas ou no pescoço
    • Coluna vertebral com alguma deformidade
    • Fraturas fáceis, mesmo que vocÇe não tenha caído ou se machucado
    • Sensibilidade nos ossos
    Os principais fatores de risco são:
    • Raça branca e amarela
    • Baixa injestão de cálcio e/ou frágil
    • Histórico familiar de osteoporose
    • Idade avançada
    • Pessoa magra e/ou frágil
    • Vida sedentária e condições que levem a mobilização
    • Tabagismo
    • Alcoolismo
    • Ingestão de bebidas contendo cafeina
    • Baixa exposição solar
    • Uso de medicamentos, como corticosteróides,heparina,anticoagulantes e anticonvulsivantes.

    Contribuição da Fisioterapia:
    A fisioterapia tem uma importância fundamental no tratamento da osteoporose, nos quais se destacam os benefícios cardíaco, respiratório, muscular e ósseo, contribuindo para a melhora da qualidade de vida desses pacientes. O objetivo dos programas de atividade física em indivíduos acometidos de osteoporose não é tanto favorecer a aquisição de massa óssea, mas promover uma melhora no equilíbrio, força muscular, coordenação, condicionamento físico, na amplitude de movimento, diminuição de dor; visando sempre a prevenção de quedas e consequentemente risco de fraturas. 

    quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

    Os Estalos nas Articulações


    Quando percebe, você já começou o trec-trec. Os estalos são um hábito na rotina de muitas pessoas, que adoram ouvir os barulhos das esticadas e dos contorcionismos nos dedos e na coluna (há até quem adore estalar o pescoço). Porém, quando ele não causa dor, não há motivo para preocupação! É uma  reação natural do organismo a um estímulo.

    O barulho que você escuta ao puxar os dedos, por exemplo, é resultado de uma diferença de pressão.O líquido que está de um dos lados da articulação para passa para o outro lado quando você estica ou pressiona alguma parte do corpo. É desta passagem que vem o barulho.
    Estalar os dedos - Foto Getty Images
    É por isso que, logo depois de um estalo, dificilmente você consegue repeti-lo com a mesma intensidade. É preciso esperar alguns minutos para que o líquido volte a se acumular, gerando a diferença de pressão novamente.

    A cena repete-se no caso da coluna, formada por uma série de pequenas articulações. O movimento do fluido sinovial, contido nestas articulações, causa os estalidos que você escuta quando torce o tronco ou quando se estica para trás ou para frente.

    E nem precisa se incomodar: os estalos não engrossam os dedos, como pensa muita gente. Elas articulações ficam mais grossas com a idade, independente se há ou não ressaltos.

    Mas nem todos os estalos estão ligados às articulações. Alguns deles ocorrem nas chamadas fáscias (camadas mais profundas da musculatura). Quando é estimulada de forma abrupta, principalmente em pessoas sedentárias, a fáscia gera os estalos (porque, dentro dela, também há um líquido semelhante àquele contido nas articulações). A diferença aqui é que, normalmente, há dor neste tipo de ressalto. Ele acontece nos movimentos bruscos da escápula e dos ombros, por exemplo.  
    Dor no Pescoço - Foto Getty Images
    Nas situações em que há dor, é importante buscar ajuda de um ortopedista. Isso porque o especialista vai fazer mais do que aliviar o desconforto, ele consegue descobrir por que a dor apareceu e dar um jeito para que isso não ocorra novamente. Além de analgésico, geralmente receita-se uma compressa de gelo para aplicar no local.

    Muito comum entre os adolescentes, os estalos também podem ser resultado do chamado estirão de crescimento: nessa situação, os músculos são menores do que deveriam e não acompanham o crescimento ósseo, daí as dores e os estalos. Se o adolescente estiver com sobrepeso, recomendamos uma dieta (assim as articulações deixam de ser tão forçadas) e também é necessário o acompanhamento de um fisioterapeuta para que ele estimule o alongamento muscular. Mas este alongamento tem de ser constante e aos poucos, para não haver lesões ou mais dores. Qualquer trabalho de hipertrofia também deve ser suspenso nesta fase ou aumentam as dores e o desequilíbrio.
    Fonte: Com a ajuda de Minha vida - MSN

    quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

    Atividade Física ideal de acordo com a idade da Criança



    Brincar com o bebê no berço ou no chão pode parecer apenas um passatempo entre pais e filhos, mas é muito mais: se trabalhadas de forma adequada, respeitando a fase pela qual a criança passa, as atividades físicas estimulam o desenvolvimento cerebral, a coordenação motora e cognitiva e a sociabilidade. Além disso, são o primeiro passo para que os pequenos sintam-se aptos e motivados para entrar no mundo dos esportes posteriormente.O início deve ser lúdico, sem competitividade. Atos simples, como correr, brincar de bola e escalar, são suficientes. Os jogos são introduzidos a partir dos cinco anos de idade e que, até os oito anos, deve-se dar preferência àqueles mais livres. É um pouco mais velha que a criança começa a compreender de verdade como funcionam as regras. O ideal é sentir que as crianças estão à vontade durante as atividades e não preencher a semana toda com qualquer aula, para não haver estresse. Também é muito bom que os pais participem quando possível.

    Competição

    As modalidades esportivas entram em cena a partir dos oito anos, portanto. Inicialmente, várias delas devem ser apresentadas para que o pequeno esportista tenha a oportunidade de escolher aquelas com que mais se identifique. O objetivo é criar o hábito e o interesse, e não treinar visando desempenho. Também é importante gerar uma prática de inclusão e não discriminar os menos aptos .

    Entre 12 e 14 anos, seu filho já conseguirá determinar em qual esporte quer se especializar. "A competição pode trazer benefícios do ponto de vista educacional e de sociabilização ao colocar a criança frente a situações de vitória e derrota", diz Gavini. Mas as derrotas não devem ser levadas a sério demais. "Se houver cobrança excessiva, a consequência pode ser indesejável: a aversão a qualquer atividade física", alerta o professor. A pediatra Beatriz complementa que os pais devem estar ao lado do filho em suas decisões. "Se, mais velho, ele quiser abandonar a modalidade escolhida, é preciso respeitar", afirma.

    Musculação, só na pós-puberdade: meninas depois da primeira menstruação, meninos aos 16 anos. "Antes de serem adultos, eles devem praticar no máximo três vezes por semana, com programas de 40 minutos de duração", ensina Escudeiro.

    Siga as dicas dos especialistas e saiba como trabalhar atividades físicas e esportes no dia a dia de seu filho, de acordo com a faixa etária:

    De 6 semanas a 1 ano – Estimular com brinquedos que emitam sons; brincar de esconder e encontrar objetos (um lenço, uma tampa de mamadeira ou qualquer coisa que estiver à mão e seja fácil de colocar embaixo de almofadas ou atrás do corpo do adulto); cantar músicas gesticulando bastante e incentivando o bebê a imitar, de preferência inserindo o nome do bebê na letra; espalhar brinquedos pelo ambiente para que ele se mova para alcançá-los.

    De 1 a 3 anos – Atividades que motivem a participação da criança, como teatro de fantoches ou de bonecos, que visem o equilíbrio, a flexibilidade e a independência, como dança livre ao som das músicas preferidas da criança.

    De 3 a 5 anos – Exercícios que envolvam correr, pular, chutar, agarrar ou dançar. Exemplos: chutar e agarrar bolas livremente, "Corre Cotia" , "Meu Mestre Mandou" , pega-pega , esconde-esconde ou estátua .

    De 5 a 8 anos – Atividades que, ao mesmo tempo em que envolvam correr, pular, agarrar e dançar, desafiem a criança. Exemplos: amarelinha , passa-anel , corrida das cores (diz-se o nome da cor e a criança deve correr para tocar algo daquela cor), carrinho de mão (uma criança se apoia no chão com as palmas das mãos enquanto a outra a segura pelos pés para uma corrida) ou corrida de sacos .

    De 8 a 14 anos – Os pais devem apresentar a maior quantidade possível de modalidades esportivas para o filho e deixar que ele escolha em qual quer se especializar. Atividades sugeridas: natação, futebol, vôlei, basquete, handball, tênis, artes marciais, esgrima ou ginástica rítmica.