quarta-feira, 18 de julho de 2012

IMPORTÂNCIA DA DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA PLÁSTICA



Com a realização de uma cirurgia plástica, como a lipoaspiração, podem acontecer alguns eventos clínicos comuns no pós-operatório. Esses eventos apresentam-se como: edema, hematomas, fibrose e outros.
Através da drenagem linfática, a fisioterapia pode auxiliar na redução desses eventos clínicos, acelerando o processo de recuperação pós-operatória, prevenindo e controlando as complicações comuns.
Hoje considerada de ampla utilização no tratamento de várias patologias, a drenagem linfática desenvolve sua ação principal sobre o sistema circulatório linfático, formado pela linfa, vasos linfáticos e linfonodos. A aplicação auxilia o aumento do transporte da linfa, que melhora a vascularização, a anastomose linfolinfática e linfovenosa e proporciona maior resistência defensiva-imunitária do organismo, devido ao aumento de células imunitárias que veiculam no próprio sistema linfático.
O procedimento de pós-operatório na cirurgia plástica é tão importante de ser realizado quanto a cirurgia propriamente dita, para se obter os resultados esperados e evitar sequelas comprometedoras.
A drenagem pós-cirúrgica deve ser feita no corpo todo para estimular a circulação linfática geral e, na área operada, o trabalho deve ser mais detalhado. Quanto antes se fizer drenagem linfática, melhor será o resultado final e menor será a formação de fibroses pós-operatórias.

TAPING : FAZENDO MODA COM SAÚDE



Taping fazendo moda com saúde

Quem acompanhou os últimos torneios de tênis, viu mais do que belas tacadas, desfile de músculos e atletas que mais parecem modelos de revista.
O que virou "moda" entre as tenistas é o "taping", uma espécie de fita de esparadrapo feita por fisioterapeutas para estabilizar a articulação. 

O médico fisiatra Gilbert Bang, mestre em ortopedia e traumatologia, de São Paulo, explica que essa bandagem pode ser usada tanto na fase de prevenção de lesões quanto no tratamento. "Na prevenção, ela dá sustentação às áreas que normalmente são submetidas a estresse (esforços repetitivos), reduzindo a frequência ou gravidade das lesões, pois promove aumento da estabilidade articular", diz.

Segundo ele, essa fita moderninha - que na verdade foi usada pela primeira vez em 1986, na Austrália, pelo fisioterapeuta Jenny McConnell - proporcionam estabilidade, agindo no controle muscular. "Ela trabalha sobre os tecidos moles (músculos, tendões, ligamentos) que agem durante o movimento. No caso do joelho, permite o realinhamento da patela resultando no movimento anatômico", explica.

Quando o assunto é tratamento, essa bandagem auxilia na proteção da área lesionada, proporciona compressão, ajudando no controle do edema e diminuindo o estresse. Apesar de auxiliar na prevenção de lesões e suas reincidências, diminuir a gravidade de uma lesão e ainda agir na estabilidade, controlando o processo inflamatório, a bandagem não é um tratamento completo. "Ela faz parte de um programa de reabilitação mais global", afirma o médico, que é membro da Society for Tennis Medicine and Science.

A diferença delas para as joelheiras é que agem de maneira mais individualizada, aplicada de acordo com o desequilíbrio encontrado, com possibilidade de variação de tensões em uma mesma articulação em diversas direções e sentidos. "A joelheira mantém uma tensão generalizada na articulação, servindo apenas como mecanismo proprioceptivo, ou seja, lembrando o cérebro de que aquela região do corpo existe e assim, ocorrem mecanismos reflexos de controle da articulação (ação indireta)".

Outra vantagem da bandagem é que até a dor fica diminuída. Isso porque, segundo Bang, há aumento na velocidade de transmissão de impulsos nervosos das fibras neuromusculares, que acabam percebidas mais cedo que os impulsos responsáveis pela dor. Isso significa que a sensação continua existindo, mas chega ao cérebro depois. "A bandagem funciona como desvio, diminuindo o vetor de força resultante sobre a área com lesão", detalha. 

Esse "taping" pode ser usado em lesões de ligamento e articulares (rearranjando a biomecânica dos ossos), lesões de partes moles (como fasciíte plantar), tendinites, distensões musculares (coxa e virilha), prevenção de lesões musculares e controle de movimento articular.

Mas é importantíssimo ressaltar que a fita deve ser preparada por um profissional habilitado e treinado. Para que as tensões da bandagem possam atuar de maneira eficaz, é preciso ser posicionada de maneira correta. "A aplicação errada não gerará tensão suficiente para atingir seus objetivos ou, se aplicada com força excessiva, pode dificultar a circulação, limitar movimentos e criar dor", alerta Bang. 

Antes de recorrer às bandagens, é importante lembrar de que é contra-indicado o uso para retorno precoce à atividade física. "Usar para poder praticar esportes é aumentar o risco de reincidência da lesão", diz Bang. Da mesma forma, não se deve usar para controlar uma lesão grave a fim de permitir a participação do atleta em competição. Ele não indica ainda o uso após gelo - tanto pela baixa aderência quanto pelo efeito anestésico do gelo em mascarar sintomas - em crianças e à noite. 

Por: Sabrina Passos

quinta-feira, 12 de julho de 2012

ULTRA-SOM NO TRATAMENTO DA CELULITE, GORDURA LOCALIZADA E PÓS-OPERATÓRIO


O Ultra-Som é um aparelho que libera vibrações mecânicas exatamente iguais as ondas sonoras, sendo esta frequência acima de 20 KHZ, ou seja, bem alta e fora do alcance da audição humana. Por isso são chamadas de ondas ultra-sonoras.

O ultrassom produz 3 tipos de efeitos: térmico, químico e mecânico. O efeito térmico provoca aumento da vascularização do tecido e melhora da oxigenação local. O efeito químico provoca produção de colágeno e de fibras elásticas melhorando a firmeza da pele. O efeito mecânico provoca o aumento da penetração de ativos cosméticos melhorando a performance dos produtos.


O ultra-som terapêutico que é utilizado na fisioterapia está disponível em duas frequências, de 1 e 3 megahertz (MHz). O ultra-som de 1 MHz é indicado para tratamento de lesões profundas, como alguns tendões mais profundos de articulações. Já o de 3 MHz é indicado para lesões superficiais e pele, e por isso é esse que é utilizado para a estética e sua profundidade chega a aproximadamente 1,5cm abaixo da pele, portanto atinge a camada de células gordurosas sem atravessar a camada muscular e nem afetar os órgãos vitais. 
As ondas de ultra-som não se propagam através do ar, por isso que é obrigatório o uso do gel na hora do tratamento, pois só assim as ondas saem do cabeçote e chegam na região tratada. 
A fonoforese consiste na habilidade do ultra-som em incrementar a penetração de agentes farmacológicos ativos através da pele. Pode ser associado a substâncias lipolíticas como a cafeína, sendo valioso recurso terapêutico para o combate à celulite e gordura localizada.

As indicações do Ultra-Som em estética são:
- Romper nódulos de celulite (fibro edema gelíde;)
- Descompactar gordura endurecida por fibrose;
- Romper as células de gordura, ou seja, os adipócitos, causando a redução desta, sendo eliminadas pelo sistema linfático).
- Pré e pós-operatório de cirurgia plástica (devido à sua ação anti-inflamatória, o ultra-som também é muito usado nas recuperações de cirurgias plásticas, onde age na redução da formação de edema (inchaço), redução da fibrose (cicatriz interna) e portanto, levando à uma recuperação melhor e mais rápida. No pós-operatório é geralmente associado à drenagem linfática manual).

 A associação de técnicas é fundamental para melhores resultados, sendo assim, a indicação de técnicas como a drenagem linfática, endermologia ou ventosaterapia e massagem redutora estão indicadas após a aplicação de ultrassom. Além de alimentação equilibrada e exercícios físicos.

Autora: Drª Roberta Albuquerque (Faça Fisioterapia)